Famílias gaúchas recebem 1.000 cestas com alimentos agroecológicos em ação de combate ao coronavírus
Alimentos foram fornecidos por agricultores, empreendimentos e cooperativas da região, fortalecendo a rede de produção local
Entre os dias 28 e 30 de abril foram distribuídas 1.000 cestas de alimentos agroecológicos para famílias em situação de vulnerabilidade social, atendidas em Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), asilos, aldeias indígenas e integrantes de cooperativas de reciclagem. A ação é organizada pelo CETAP (Centro de Tecnologias Alternativas Populares) com o apoio da BB Seguros e o banco BV, empresas do conglomerado Banco do Brasil, além da cooperativa de crédito COOPERFORTE, que destinaram recursos à Fundação Banco do Brasil para ações de assistência social, prevenção e combate ao novo coronavírus Covid-19. As atividades, em diferentes municípios, contaram com a participação de gerentes e superintendentes locais do Banco do Brasil.
Os alimentos foram fornecidos por 262 famílias agricultoras, grupos agroecológicos e empreendimentos ligados a “Rede Ecoforte – valorização e uso da sociobiodiversidade e novas dinâmicas de comercialização”, que visa o fortalecimento de iniciativas de produção, processamento e comercialização de produtos, ampliando a organização de redes, cooperativas e organizações de agroecologia, extrativismo e produção orgânica.
Ação distribuiu 12.000 quilos de alimentos agroecológicos
Um dos grandes diferenciais desta ação foi a forma como foram organizadas e montadas as cestas. Para possibilitar a entrega de alimentos agroecológicos in natura e minimamente processados foram mobilizadas famílias agricultoras e empreendimentos de diferentes municípios. A colheita das frutas e verduras, o preparo e fracionamento dos tubérculos e a produção dos pães aconteceram nos dois dias anteriores à distribuição, exigindo um grande esforço de logística.
Cada cesta de alimentos agroecológicos contém 12 quilos de produtos: 3kg arroz; 1kg feijão; 1Kg batata doce; 1kg farinha (trigo ou milho); 3Kg tubérculos beneficiados e hortaliças (mandioca, abóbora, cenoura, alface, repolho…); 2kg frutas da época (caqui, laranja, banana, abacate…); 500gr cebola; 500gr panificados. Também acompanha cada cesta um sabão em barra.
A recepção da cesta foi excelente. Foram frequentes os relatos de que se tratava de uma cesta muito diferente daquelas normalmente distribuídas. A diversidade de produtos proporcionou um colorido que chamou a atenção e foi elogiado pelo alto valor nutricional. Nas comunidades indígenas, foi destacado que produtos in natura e com forte relação com a cultura alimentar Guarani – como o aipim, abóbora, batata doce, farinha de milho – fizeram a diferença para o nível de satisfação manifestado.
Organizações produtivas participantes
Esta iniciativa também incentiva a economia a circular, ajudando a amenizar os efeitos da queda da comercialização de produtos, principalmente devido à vários mercados consumidores estarem fechados neste momento. Diversas organizações produtivas locais estão envolvidas nesta ação: Ecoterra (Associação Regional de Cooperação e Agroecologia), Econativa (Cooperativa Regional de Produtores Ecologistas do Litoral Norte do RS e Sul de Santa Catarina), Encontro de Sabores – Empreendimento de Economia Solidária, Ecovale (Cooperativa Regional de Agricultores Familiar), Coomafitt (Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas – RS) e Coopovec (Cooperativa dos Agricultores de Porto Vera Cruz Ltda – RS).
Também organizações de assessoria da Rede Ecovida de Agroecologia, que integram o programa Ecoforte, tiveram papel fundamental na articulação e mapeamento dos diferentes públicos, na organização das cestas e no acompanhamento das entregas. São elas: ANAMA (Ação Nascente Maquiné), AREDE (Associação Regional de Educação, Desenvolvimento e Pesquisa), Centro Ecológico e CAPA (Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia).
Alimentos foram distribuídos em 14 municípios do Rio Grande do Sul
Santa Rosa – foi o primeiro município a realizar a distribuição, no dia 28 de abril. Foram entregues 50 cestas, totalizando 600 quilos de alimentos agroecológicos.
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Santa Cruz do Sul – no dia 29 de abril foram distribuídas 46 cestas na COOMCAT – Cooperativa de Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul.
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Porto Alegre – nos dias 29 e 30 de abril foram entregues 300 cestas para famílias do Recando do Sabiá, Timbaúva, Ruben Berta, Lomba do Pinheiro e Centro de Reciclados KsaRosa, no cento da cidade.
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Caxias do Sul – no dia 30 de abril foram entregues 58 cestas em cooperativas de recicladores da cidade.
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Litoral – no dia 29 de abril, com o apoio logístico da equipe da SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena) foram entregues 75 cestas em sete aldeias indígenas, nos municípios de Maquiné, Terra de Areia, Torres, Osório e Riozinho. No dia 30, foi realizada a entrega em Caraá.
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Torres – também no dia 30 de abril foram entregues outras 100 cestas na Secretaria de Obras do município, para famílias assistidas no CRAS – Centro de Referência de Assistência Social.
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Passo Fundo – no dia 30 de abril foram entregues 100 cestas no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS VI Bairro Integração. Outras 50 cestas foram para o asilo de idosos mantido pela Fundação Beneficente Lucas Araújo.
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Erechim, Erebango e Barão de Cotegipe – no dia 30 de abril foram distribuídas 105 cestas para seis associações de recicladores organizadas no município de Erechim. Outras 21 cestas foram entregues na comunidade indígena de Erebango. Também foram distribuídas 95 cestas para famílias de bairros populares em Barão de Cotegipe.
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Entre os dias 12 e 14 de maio está prevista mais uma entrega de igual volume. A Fundação Banco do Brasil continua recebendo doações para apoiar ações de prevenção e combate ao novo coronavírus. Informações: coronavirus.fbb.org.br.