Encontro estadual marca início do Projeto Ecoforte 2

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Encontro estadual marca início do Projeto Ecoforte 2

Nos dias 3 e 4 de abril estiveram reunidos em Passo Fundo os representantes das organizações que integram o Projeto Ecoforte. O projeto iniciou no ano de 2015, tendo como principal objetivo fortalecer os núcleos da Rede Ecovida de Agroecologia do Rio Grande do Sul, na perspectiva de dinamizar as iniciativas de produção, processamento e comercialização de produtos da sociobiodiversidade. A segunda fase, que inicia neste ano, aborda com mais ênfase o fortalecimento das redes e dinâmicas de comercialização, articulando e estruturando a logística e ampliando o diálogo e parcerias com setores urbanos da sociedade.

O projeto conta com o apoio financeiro da Fundação Banco do Brasil (FBB) e do BNDEs e envolve um grande número de organizações, tendo o CETAP como entidade responsável pela coordenação, gestão financeira e interlocução com a FBB.

Após a retomada dos desafios apontados no projeto anterior, finalizado em 2017, foram apresentadas as perspectivas do novo projeto. “No momento o maior limite no campo agroecológico não é técnico produtivo, mas sim de construir e operacionalizar logísticas de processamento e distribuição de alimentos de forma integrada entre diversos atores, sejam rurais ou urbanos”, destacou um dos presentes no evento.

Entre os desafios estão a implementação, estruturação e articulação de entrepostos regionais de distribuição de produtos da sociobiodiversidade. As ações de abastecimento realizadas na implantação da Rede evidenciaram a necessidade de qualificar a logística, para atender a demanda e reduzir os custos de distribuição. Neste sentido, a proposta é criar cinco pontos de apoio, um em cada região, contribuindo no estoque e distribuição de produtos das unidades de processamento. Outro desafio é ampliar o diálogo e parcerias com setores urbanos da sociedade. A experiência vem demonstrando que recriar um sistema agroalimentar de base ecológica não é tarefa exclusiva das famílias do meio rural, sendo necessária também a participação de diferentes setores da sociedade.

Na oportunidade também aconteceu o ato de formalização do convênio, que contou com a participação do Gerente Geral da Agência Empresa Passo Fundo, Reovaldo Antonio Terlan, que assinou o contrato em nome da Fundação Banco do Brasil. Reovaldo destacou a importância das ações do projeto, reforçando que a equipe responsável pelas análises de propostas enviadas para a Fundação Banco do Brasil é bastante criteriosa e em virtude do grande número de projetos recebidos, são poucos os aprovados em todas as fases de qualificação.

Estão envolvidos diretamente no projeto um total de nove grupos de agricultores e agricultoras informais, uma associação formal de agricultores agroecologistas, oito cooperativas de agricultores agroecologistas (que reúnem 269 famílias agricultoras certificadas e registradas no MAPA como produtoras de alimentos orgânicos), duas cooperativas de consumidores, dois grupos informais de consumidores, duas organizações de mulheres trabalhadoras rurais, um empreendimento de economia solidária, uma cooperativa de trabalho em processamento de frutas nativas, seis entidades de assessoria em agroecologia (ONG’s), cinco sindicatos de trabalhadores rurais, quatro instituições de ensino e pesquisa e a Embrapa Clima Temperado. Todos estes atores estão distribuídos nos Núcleos Litoral Solidário, Serra, Planalto, Alto Uruguai, Missões, Sul e Vale do Rio Pardo, vinculados à Rede Ecovida de Agroecologia ou parceiros da mesma.

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