Seminário sobre manejo de solo e insumos biológicos reúne agricultores em Constantina
Um seminário com o tema “Agroecologia, manejo de solo e insumos biológicos” foi realizado no dia 20 de abril, no Auditório Cresol Noroeste, em Constantina/RS. A atividade integra o ciclo de Seminários Técnicos sobre Agroecologia, organizados em parceria pelo CETAP, Coopertec e Cresol. Participaram 47 pessoas, entre agricultores familiares e representantes das organizações parceiras.
O objetivo foi oportunizar formação para agricultores e agricultoras familiares nos temas relacionados à agroecologia. Neste dia o trabalho esteve voltado para o manejo de solo na produção orgânica, destacando a necessidade de disponibilizar nutrientes, matéria orgânica, além de manter cobertura sobre o solo, para que, assim, a microbiologia se desenvolva e deixe o alimento disponível para as plantas.
É muito comum encontrarmos propriedades que não trabalham com cobertura de solo, não usam compostos orgânicos, minerais e isso por vários motivos, seja por falta de conhecimento, acesso à esses insumos ou ainda por condições financeiras. No seminário foi demonstrado que muito disso pode ser solucionado com materiais da própria propriedade, seja na coleta de esterco, palhas, microrganismos, minerais que estejam disponíveis na propriedade ou mesmo na região.
O equilíbrio entre elementos físicos, químicos e biológicos do solo são fundamentais para que a cultura possa expressar todo o seu potencial produtivo e alcançar altos índices de produtividade. Para preservar e aumentar a atividade da microbiologia do solo é necessário fornecer condições adequadas ao desenvolvimento e sobrevivência dos microrganismos. O processo de degradação do solo, bem como suas causas e consequências, ocorre por vários motivos e resulta na perda da produtividade, além de causar impactos socioambientais. Ao final do seminário, foi apresentada como demanda do grupo que se possa dar continuidade neste trabalho de formação técnica e troca de experiências. Abordando práticas em culturas específicas e com unidades de referências, mais famílias poderão fazer a transição para a agroecologia.